quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Biografia do Infante


O Infante D. Henrique foi uma das figuras mais ilustres da História de Portugal devido ao seu protagonismo nas Descobertas Portuguesas. Nasceu a 4 de Março 1394 na cidade do Porto (ao que tudo indica na Casa do Infante), onde seus pais (D. João I e D. Filipa de Lencastre) haviam casado. Com apenas 21 anos de idade, D. João I determinou armá-lo cavaleiro. Mas este jovem infante desejava antes receber as armas em verdadeira guerra, para onde o arrastava a sua inclinação e valor.
As razões mais fortes que o conduziram para a Expansão, foram mais de ordem política, económica e militar do que propriamente religiosa ou científica. À frente da administração de uma grande fortuna, a da Ordem de Cristo (herdada dos Templários), sediada em Tomar, de que se tornou Governador e Administrador, logo a seguir ao êxito da Conquista de Ceuta (1415), o Infante D. Henrique que também era Duque de Viseu e Senhor da Covilhã, era, na conjuntura do primeiro quartel (25 anos) de quatrocentos, a pessoa mais indicada para ombrear com um projecto desta envergadura - daí que o rei D. João I, seu pai, a tenha atribuído. Em 1416 O infante D. Henrique, fundou uma vila no promontório de Sagres, para onde foi viver. E começa a encarar as ondas do Oceano Atlântico, e a pensar na forma de intentar por elas as suas expedições descobridoras. E em nesta mesma altura sai do reino para viajar, e quando regressou em 1428, trouxe um tesouro precioso, o livro manuscrito das viagens de Marco Pólo com que o presenteara a senhoria de Veneza. Mas o seu historial brilhante inicia-se quando corajosamente conquista Ceuta. E daí este acontecimento torna-se o inicio da expansão marítima.
O Infante ficou como símbolo das vontades e dos esforços anónimos de navegadores, de cosmógrafos, de mercadores e de aventureiros ao serviço de Portugal, e, ao fim e ao cabo, do mundo inteiro. Contudo, faleceu em Sagres a 13 de Novembro de 1460.
Deixando desta forma um nome glorioso, e à, sua pátria uma herança sublime. Foi o vulto mais brilhante da história da Idade Média, o homem que deve simbolizar para a história a glória dos descobrimentos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Casa do Infante registada ao fim de 47 anos


Só em Janeiro do ano 2006 é que a Câmara do Porto iniciou o registo de propriedade da Casa do Infante, situada na Ribeira. Até então, o edifício, cedido ao Município portuense há cerca de 47 anos, nunca tinha sido registado.
A situação foi detectada por auditoria, concluída no mês de Março de 2006, ao projecto de ampliação e remodelação da Casa do Infante - é habitual que as intervenções comparticipadas por fundos comunitários sejam alvo de inspecções. Os auditores alertaram a Autarquia para o facto de ainda não existir uma registo de titularidade do imóvel, "no sentido de atribuir a posse inequívoca do mesmo à Câmara", como pode ler-se no relatório.
Em resposta, o Município confirma que a "efectivação do registo predial na Conservatória" foi iniciado a 16 de Janeiro. A Casa do Infante foi doada à Autarquia pelo antigo Banco Nacional Ultramarino a 8 de Agosto de 1960, na qualidade de administrador-delegado da firma Lind & Couto. Um mês antes, a Fazenda Nacional havia cedido à Câmara, "a título precário e gratuito", três armazéns e pátios contíguos ao imóvel.

Venha visitar a Casa do Infante

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

História da Casa do Infante

A Casa do Infante pensa-se que data do século XIII, sendo considerado um dos edifícios mais antigos da cidade do Porto, em Portugal.
Numa altura em que a coroa portuguesa e a igreja disputavam o controlo marítimo e fluvial, o rei D. Afonso IV promoveu a construção deste edifício, contra a vontade do bispo, para que servisse de armazém alfandegário. Assim nasceu a Alfândega do Porto, para onde eram encaminhadas todas as mercadorias que aportavam à cidade, a fim de ser cobrado o respectivo imposto.
O edifício primitivo era constituído por duas altas torres e um pátio central, cuja localização ainda se pode identificar. Os pisos mais elevados da torre norte funcionavam como local de habitação. O desenvolvimento comercial reflectiu-se na progressiva monumentalização do edifício alfandegário. Logo no século XV, D. João I mandou construir um corpo avançado, cujo pórtico rematava por um lintel com uma inscrição e um nicho onde estava a imagem da Virgem protectora das alfândegas.
A oriente do edifício principal havia um amplo recinto, onde funcionava a Casa da Moeda, cujas origens remontam também ao século XIV. Nas imediações foram-se concentrando outros importantes serviços da Coroa, como a Contadoria da Fazenda e o Paço dos Tabeliães.
A construção do cais de desembarque e a abertura da então Rua Nova são consequência deste desenvolvimento e desempenharam um papel fundamental no ordenamento urbanístico da zona ribeirinha. Aí se localizavam também a Bolsa dos Comerciantes e numerosas casas de oficiais régios e de gente abastada da cidade. Depois de várias remodelações e intervenções arqueológicas, tendo a última posto a descoberto mosaicos romanos, serve presentemente como Arquivo Histórico Municipal (incluindo toda a documentação emanada da Câmara Municipal e uma excelente colecção de plantas da cidade) e museu face às importantes descobertas efectuadas no edifício. Alberga ainda uma boa biblioteca com vasta e variada bibliografia dedicada à História da Cidade.

terça-feira, 27 de outubro de 2009